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Automedicação: Seis riscos que você precisa conhecer


Tomar remédios por conta própria é uma prática comum no Brasil. Uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), realizada em 2024, revelou que 80% dos brasileiros recorrem a medicamentos sem orientação médica. De analgésicos para dores comuns a fármacos mais complexos para insônia e ansiedade, o hábito parece inofensivo, mas pode trazer sérios riscos à saúde, desde efeitos colaterais leves até danos irreversíveis.

Segundo Liberato Brum Junior, gerente de Inovação e Pesquisa Clínica da Prati-Donaduzzi, o uso inadequado de medicamentos pode ter consequências graves. Mesmo os remédios de venda livre possuem impacto no organismo e, se usados sem necessidade ou em excesso, podem desencadear problemas inesperados. A seguir, conheça os seis principais riscos apontados pelo especialista.


1. Mascarar doenças graves

Ao aliviar sintomas como dor ou febre sem investigar a causa, a automedicação pode esconder doenças mais sérias. Sintomas suprimidos podem levar a diagnósticos tardios, dificultando o tratamento e aumentando as chances de complicações.


2. Efeitos adversos

Os efeitos colaterais variam de leve mal-estar a reações graves. Apenas um profissional de saúde pode avaliar quem deve usar determinado medicamento, considerando fatores como idade, histórico de saúde e interações com outras substâncias.


3. Interação medicamentosa

Misturar diferentes medicamentos, prática conhecida como polifarmácia, pode ser perigoso. A interação entre substâncias pode anular efeitos terapêuticos ou provocar reações químicas adversas, colocando a saúde em risco.





4. Resistência medicamentosa

O uso inadequado de antibióticos, como interrupção precoce ou doses inadequadas, favorece o surgimento de bactérias resistentes. Esse problema, já alarmante no Brasil, afeta não só a saúde individual, mas também a coletiva, dificultando tratamentos futuros.


5. Toxicidade

Altas doses de medicamentos podem causar intoxicação, comprometendo órgãos vitais como fígado, rins e coração. Em casos graves, isso pode levar à falência de órgãos e até à morte.


6. Dependência química

Medicamentos que atuam no sistema nervoso central, como ansiolíticos, sedativos e analgésicos opioides, podem causar dependência quando usados de forma prolongada e sem orientação. Além disso, a interrupção abrupta do uso pode levar a sintomas de abstinência semelhantes aos de drogas ilícitas.


Um alerta necessário

O consumo desenfreado de medicamentos exige atenção. Liberato Brum Junior reforça que remédios devem ser aliados da saúde, e não vilões. “A automedicação é perigosa e pode trazer efeitos contrários aos esperados. Consultar um médico ou farmacêutico é essencial para usar fármacos de forma segura e eficaz”, conclui.

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