Na noite de 6 de dezembro de 2021, uma reunião de membros do Núcleo de Turismo da ACIPEN, no auditório da Pousada Doluar, em Penha, deu início a um estudo para a reestruturação de uma trilha que pode ampliar ainda mais as opções de ecoturismo na cidade.



O grupo presente contou com a gerente da Pousada Doluar, Vanessa Abondanza e pelos empresários Will Komiyama (Boken Aventura), Samara Komiyama (Adventure Express), Eduardo Alex Soares (Trilhas de Penha), membros do Núcleo, além de Giovani “da Praia” (Na Praia House), Kulka e Rodrigo Knack (Aqui Comunika / Turismo Livre).



A proposta é fazer um grande levantamento de viabilidade para a adequação da trilha, batizada de forma preliminar como “trilha do Pico da Bandeira”. Este caminho começa a partir da Praia de São Miguel e sobe um dos morros mais altos da cidade, de onde se tem uma vista panorâmica da região e suas belezas. O nome de “Pico da Bandeira” surgiu a partir de uma exploradora que se tornou a “matriarca” do projeto: Dona Terezinha.


Professora de Educação Física aposentada e moradora da Praia de São Miguel, Dona Terezinha foi a desbravadora desse caminho, abrindo a trilha junto com a sua amiga Nina, também professora com casa há mais de 20 anos na Prainha e agora também moradora do local. Ambas participaram da reunião e contaram a história da chegada ao topo do morro.



As duas avançaram pela Mata Atlântica, abriram o caminho e subiram ao topo, onde hastearam com bambu uma bandeira confeccionada pela própria Dona Terezinha, que deverá ser substituída em breve por uma bandeira do Brasil, patrocinada pelo setor privado (Rede Faita), caso o roteiro se estruture e seja permitido o acesso ao público com acompanhamento de guias e condutores especializados.  



Todos foram unânimes em destacar que existe o objetivo de, futuramente, incluir esta trilha em roteiros ecoturísticos da cidade, visando a preservação ambiental, a educação, o ecoturismo e envolver toda a comunidade para a manutenção das belezas e o controle de acesso, de forma a não causar impactos a biodiversidade do local, que está em uma área privada.



O estudo pretende mapear os caminhos, levantar os possíveis impactos e formas de minimizá-los, buscar as autorizações ambientais e com os proprietários da área, estruturar o caminho com cordas de apoio, escadarias ecológicas e placas informativas e, somente após todas as etapas consolidadas, passar a oferecer esta trilha como opção aos turistas.



Dona Terezinha contou que chegou a instalar cordas de apoio e a bandeira no mês de outubro, mas descobriu que foram retiradas por uma pessoa com outras pretensões de uso do local. Um desafio a ser buscado também é o entendimento, para que essa trilha aberta por ela e a Nina possa ser aproveitada por mais pessoas, sempre mantendo o respeito em primeiro lugar.



Os empresários do ecoturismo presentes destacaram que Penha vive um momento com oportunidades para desenvolver novas formas de atrair e manter os visitantes. O ecoturismo e atividades de aventura são algumas dessas oportunidades, já que a cidade conta com muitos atrativos naturais e um circuito de trilhas já consolidado. 



Atualmente, já é possível fazer com as empresas da cidade circuitos de stand-up paddle e caiaques, observação de tartarugas, cicloturismo, rapel em costões, voo em parapentes, trilhas, observação de aves e muitas outras atividades que unem o turismo a preservação das riquezas naturais. Por isso, de acordo com os empresários presentes ao encontro, a união das empresas e a estruturação dos roteiros vai apresentar um grande número de opções que pode despontar Penha neste segmento que, cada vez mais, tem sido procurado por turistas nacionais e estrangeiros, movimenta a economia e atrai investimentos.